domingo, 4 de setembro de 2011

Ensaio: Fusca 1969 (Davi)

É inegável que os EUA são os precursores da customização de automóveis e, por isso, até hoje ditam as regras e constroem os melhores exemplares, que são copiados por entusiastas de todo o mundo. Partindo do princípio de que os norte americanos possuem uma estrutura de fabricantes de peças e oficinas bem maior e bem mais estruturada do que a que dispomos aqui, sem falar na questão socioeconômica, poderíamos supor que nossos carros seriam sempre inferiores, mas graças à criatividade e o jeitinho brasileiro, conseguimos criar modelos dignos de admiração dos amigos da terra do Tio Sam.

Observando as fotos do exemplar 1969 que ilustra este ensaio é possível ter uma dimensão do nível de qualidade que a personalização de besouros está atingindo em nosso país. Este carro foi construído com base somente no bom gosto de seu proprietário, o analista de investimentos Davi Gomes, mais conhecido como Pelezinho, mas hoje pode ser facilmente colocado lado a lado dos melhores Resto Cal e fazer bonito.


E a frase colocar lado a lado não é só força de expressão, pois o 69 não é só uma carroceria bonita, já que é empurrada por um saudável motor 1600 sobre alimentado por um turbo Master Power T2 que manda 1 bar de pressão para a dupla de carburadores Solex 32 alimentados com etanol, acertados pelo preparador Gordo, da Gordo Power Performance (ID 86*32933), que é o responsável pela mecânica do carro.


Para monitorar a pequena usina, trio de manômetros (óleo, combustível e turbo) e hallmeter da Cronomac da linha Carbon, além de conta giros da mesma marca, que contrastam com o restante do interior original, inclusive com rádio de época da marca Roadstar que funciona com o auto falante original no painel ao lado esquerdo do velocímetro, enquanto um CD player moderno foi instalado no porta-luvas e toca os auto falantes que ficam alojados abaixo do painel, em caixas feitas especialmente para o Fusca.


A cor que cobre a carroceria é a Blue Recife, oriunda do Peugeot 206 CC e forma um belo conjunto com os diversos equipamentos e acessórios, como os piscas dianteiros modelo “tetinha”, as lanternas utilizadas no Fusca de 55 (2ª série) até 61 (2ª série), as grades de buzina importadas e o enorme teto solar RagTop na cor areia, mesma cor da tapeçaria do besouro.


Para fechar a conta e passar a régua, um jogo de rodas Fumagalli cromado aro 15, tala 4,0 na dianteira e 6,5 na traseira, calçados em pneus Toyo Proxes 185/55R15 (D) e 205/60R15 (T) e suspensão dianteira rebaixada com duas catracas e encurtamento do eixo em 7 cm de cada lado e traseira com facão regulável, deixando o estiloso modelo a poucos centímetros do chão.


O Fusca do Davi é só mais uma prova de que o jeitinho brasileiro pode nos ajudar a igualar e até superar o padrão gringo de customização da linha VW refrigerada a ar.